O delegado Eduardo Leal, responsável pelo inquérito que apura o homicídio de uma farmacêutica em Uberlândia, ocorrido em 2020, afirmou ter se assustado com a frieza de Cláudia Soares Alves, médica suspeita de ser a mandante do crime e que ficou conhecida por raptar uma recém-nascida no ano passado.

Enquanto passava por exame de corpo de delito, nessa quarta-feira (5/11), a mulher cantava a música “Take On Me”, da banda norueguesa a-ha. As informações são do Portal O Tempo.

“Como delegado, eu digo que em 20 anos de polícia é a pessoa com mais ausência de remorso, mais fria que já interroguei. É uma pessoa que demonstra psicopatia”, afirmou Leal.

Segundo ele, a médica também é investigada por tentar comprar bebês de famílias vulneráveis em vários estados. “Tudo o que ela faz, de cometer crimes, ela compra as pessoas”, acrescentou o delegado.

No caso do homicídio, Cláudia é suspeita de mandar matar a farmacêutica, ex-mulher de seu então namorado, para ficar com a filha do ex-casal, que tinha 9 anos na época. Para isso, a neurologista chegou a montar um quarto de menina em casa.

“Em 2020, ela vinha tentando engravidar, mas não conseguia. Aí conheceu o ex-marido da vítima. Sabendo que ele tinha uma filha menina, ela tentou criar uma nova família com essa criança. Desde então, montou esse quarto”, detalhou o delegado.

Durante o cumprimento do mandado de prisão, os policiais encontraram um berço com uma boneca bebê reborn no quarto da médica. As investigações apontam que Cláudia tinha o desejo de ser mãe de uma menina e acreditava que seria “mais fácil” realizar o sonho de forma ilícita. Em todas as fases do processo, ela optou por permanecer em silêncio.