Notícia
Agressão contra animal em Uberlândia resulta no indiciamento de 4 pessoas
2 de setembro de 2025 às 15:57
As investigações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sobre as agressões cometidas contra um burro, durante um evento realizado na cidade de Uberlândia, resultaram no indiciamento de um homem de 19 anos, por usurpação de função pública, e de outro, de 26, por maus-tratos.
O proprietário do animal e o motorista responsável pelo transporte do equino também foram indiciados por maus-tratos por omissão, visto que ambos tinham o dever de agir para que as agressões não fossem praticadas.
O inquérito foi encaminhado para a Justiça nessa segunda-feira (1/9).
O crime foi cometido na tarde do último dia 25, nas imediações do parque de exposições da cidade, ocasião em que os suspeitos teriam utilizado bastão de choque e chicote para forçar o burro a entrar em um caminhão de transporte.
A Gerais FM noticiou o caso.
“Uma protetora dos animais aqui de Uberlândia iniciou a gravação das agressões e tentou intervir para que aqueles homens parassem de maltratar o burro. Nesse momento, ela foi hostilizada e ameaçada. Um dos participantes chegou a dizer que iria amarrá-la pelo pescoço e arrastá-la para dentro do caminhão”, contou o delegado Daniel Azevedo Batista.
Ainda segundo o delegado, o suspeito de 19 anos teria se identificado para a vítima como policial militar, ordenando que a mulher parasse de filmar o local ou seria presa.
Levantamentos policiais
As apurações sobre os fatos foram iniciadas no dia seguinte aos fatos (26/8), após a Polícia Civil receber do Ministério Público os vídeos com as imagens dos crimes. Por meio desse registro, foi possível identificar os suspeitos, que confessaram as condutas.
Além do homem de 26 anos, outros dois adolescentes também estariam envolvidos na agressão ao animal.
Encaminhamentos
Levantamentos policiais apontaram que, após os crimes, o burro foi levado para Monte Alegre de Minas, distante 68 quilômetros, onde residia o motorista do caminhão que transportou o equino e o proprietário do animal.
Durante as investigações, o proprietário do burro informou não ter condições de manter o animal, motivo pelo qual o teria mandando a Uberlândia para vendê-lo. Diante das constatações, ele decidiu doar o equino para o Estado.
O animal foi então encaminhado para exames no Instituto Médico Legal Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, que comprovou os maus-tratos. A destinação do animal será definida pelo Ministério Público.
