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Araxá: rachadura do comprimento de 5 campos de futebol provocou tremor de terra

17 de dezembro de 2025 às 17:55

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Uma ruptura nas rochas da crosta terrestre, equivalente a cerca de cinco campos de futebol alinhados foi a responsável pelo tremor de terra de magnitude 3,9 registrado em Araxá, no Alto Paranaíba, na noite de sexta-feira (12). O evento sísmico ocorreu às 22h10, segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com o sismólogo Bruno Collaço, do Centro de Sismologia da USP, a dimensão da ruptura das rochas está diretamente relacionada à intensidade do abalo. Nesse caso, o rompimento ocorreu no interior da Placa da América do Sul, onde se encontra o território brasileiro, e esse movimento interno foi o que provocou o tremor percebido na superfície.

Moradores relataram nas redes sociais que sentiram um abalo rápido. A Prefeitura de Araxá e a Defesa Civil confirmaram a ocorrência por meio de nota oficial divulgada nas redes sociais.

Em comunicado publicado às 23h40, a Defesa Civil informou que, até aquele momento, não havia registros de danos materiais nem de pessoas feridas. As equipes permaneceram em monitoramento e no levantamento de informações para garantir a segurança da população.

Além disso, o sistema “Sentiu Aí?”, disponível no site do Centro de Sismologia da USP, recebeu mais de 50 relatos de moradores que perceberam o tremor. Logo após o evento, o Sistema Android de Alertas de Terremoto enviou notificações para os usuários indicando a intensidade de 4.4, o que não foi confirmado pela USP.

Tremores de magnitude 3.9 são menos comuns

Ao contrário do senso comum, sismos no Brasil são relativamente frequentes. Tremores com magnitudes entre 2 e 3 ocorrem praticamente todas as semanas em alguma região do país.

Eventos um pouco mais fortes, como este de magnitude 3.9, são menos comuns, ocorrendo em média cerca de duas vezes por ano no território brasileiro. A região de Araxá, assim como grande parte do estado de Minas Gerais, apresenta histórico de atividade sísmica.

O último tremor registrado anteriormente na região ocorreu em 15 de dezembro de 2024, com magnitude 3,1 mR. Em geral, sismos dessa magnitude não causam danos estruturais, embora possam ser sentidos pela população local e gerar incômodo ou preocupação momentânea.

Ainda de acordo com o Centro de Sismologia da USP, tremores de terra não podem ser previstos, e, portanto, não é possível afirmar se novos abalos ocorrerão.