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Coromandel é citada em lista suja do trabalho escravo

8 de abril de 2024 às 14:53

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A “lista suja” do governo federal com nomes de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizada na última sexta-feira (5), com 248 novas pessoas físicas (patrões) e jurídicas (empresas). Agora, a relação conta com 654 nomes (veja a lista mais abaixo).

Essa é a maior inclusão já realizada na história, segundo o Ministério do Trabalho. Minas Gerais segue liderando o ranking.

Do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de MG aparecem na lista Abadia dos Dourados, Araxá, Coromandel, João Pinheiro, Lagoa Formosa, Paracatu, Patos de Minas, Patrocínio, Perdizes, Prata, Presidente Olegário e Sacramento.

A atualização da lista é realizada semestralmente e tem como objetivo dar transparência aos atos administrativos que decorrem das ações de fiscalização e combate ao trabalho análogo à escravidão, de acordo com o ministério.

Os nomes dos empregadores só são adicionados ao cadastro após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, com uma decisão sem possibilidade de recurso

Além disso, cada nome permanece publicado por um período de dois anos. Por isso, nesta atualização de abril, foram excluídos 50 nomes que já completaram esse tempo de publicação.

No Brasil, as atividades econômicas com o maior número de empregadores entre os 248 inclusos na lista foram:

Trabalho doméstico (43);

Cultivo de café (27);

Criação bovinos (22);

Produção de carvão (16);

Construção civil (12).

O caso Madalena Giordiano, mantida em condição análoga à escravidão por 38 anos em Patos de Minas consta do cadastro desde o ano passado.

A mulher trabalhava na casa de uma família na cidade desde os oito anos de idade e era submetida a jornadas exaustivas de trabalho, sem receber qualquer pagamento pelos serviços que prestava à família. O caso ganhou repercussão nacional em 2020, quando foi exibido em reportagem do Fantástico, da Rede Globo.