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Fim da procura: crianças que foram levadas pelo pai voltam pra casa em Uberlândia
19 de setembro de 2025 às 09:07
Após mais de dois meses sem notícias dos filhos, Klissia Santos Silva finalmente reencontrou Fábio de Paula Gomes Filho, de 7 anos, e Ana Júlia de Paula Gomes, de 5, na tarde desta quinta-feira (18/9), em Uberlândia (MG). O reencontro ocorreu após um período de angústia, iniciado em julho, quando a mãe entregou as crianças ao ex-companheiro para passarem as férias escolares com ele.
A princípio, o acordo era de que os irmãos passariam alguns dias com o pai na cidade de Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, devendo retornar à casa da mãe em 21 de julho. No entanto, isso não aconteceu. Desde então, Klissia perdeu completamente o contato com o ex-companheiro e com os filhos, o que a levou a procurar a polícia. A partir de 22 de julho, a Polícia Civil passou a considerar as crianças como desaparecidas e divulgou cartazes com fotos e informações para ajudar nas buscas.
A situação começou a mudar quando caminhoneiros identificaram o homem em um posto de combustíveis em Santa Juliana. Um dos motoristas, que conhecia a família, acompanhou o veículo até Uberlândia, sem fazer abordagem direta. Segundo Klissia, os filhos estavam no Rio de Janeiro e retornaram com o pai, a avó e a tia paterna.
Embora estivesse prevista a entrega formal das crianças na sede da OAB de Uberlândia, o encontro aconteceu em um condomínio na região do Shopping Park. O pai participou da entrega e, segundo relatos da mãe, chorou e tentou se colocar como vítima.
“Fiz tudo pelos meus filhos. Agradeço a todos que me ajudaram. Estou muito feliz, não tenho palavras”, disse Klissia em vídeos publicados no Instagram.
A advogada da mãe, Mariana Machado, informou que o episódio é consequência direta de um processo de guarda, no qual Klissia detém a responsabilidade legal unilateral. “O pai já demonstrava descontentamento com a decisão judicial e chegou a dizer que sumiria com as crianças. Esse plano foi colocado em prática”, afirmou.
A advogada revelou ainda que o homem vendeu imóveis recentemente, o que, segundo ela, reforça a suspeita de que ele pretendia fugir com os filhos. Outro fator agravante, segundo Mariana, é que Ana Júlia sofre de epilepsia e depende de medicamentos contínuos. A ausência de informações sobre o estado de saúde da menina durante esse período foi uma das maiores preocupações da mãe.
Agora, com os filhos de volta, Klissia busca estabilidade e segurança para a família, enquanto o caso segue sob acompanhamento judicial.
