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Justiça prende pistoleiro da Chacina de Unaí após 20 anos foragido

29 de maio de 2024 às 15:59

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Rogério Alan Rocha Rio, um dos pistoleiros responsáveis pela Chacina de Unaí, foi recapturado pela Polícia Federal (PF) na terça-feira (28 de maio) na cidade de Estância, Sergipe. Ele estava foragido da Justiça desde 2020, quando cometeu outro crime em Minas Gerais.

Condenado a 94 anos de prisão pelo assassinato brutal de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em 2004, Rogério cumpria pena em regime aberto, mas se evadiu do sistema prisional. Sua prisão reacende a chama por justiça para um caso que chocou o Brasil há mais de duas décadas.

Ação conjunta de forças de segurança

A captura de Rogério foi realizada pela Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FICCO/SE), composta por agentes da Polícia Federal, Civil, Militar, Penal, Rodoviária Federal e da Secretaria Nacional de Políticas Penais. A operação demonstra a persistência das autoridades em punir os responsáveis por crimes graves, mesmo após tanto tempo.

Prisão de outro envolvido recente

Em fevereiro deste ano, Hugo Alves Pimenta, apontado como intermediário na contratação dos pistoleiros, também foi preso pela PF em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Essa prisão demonstra que os crimes da Chacina de Unaí ainda estão frescos na memória da Justiça e que os esforços para punir todos os envolvidos continuam.

Mandantes ainda cumprem pena

Os irmãos Norberto e Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí na época do crime, foram condenados como mandantes e cumprem pena de 100 anos de prisão cada um. Eles foram sentenciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas.

Detalhes do crime e comoção nacional

Em 28 de janeiro de 2004, os fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados e mortos à queima-roupa em uma estrada de terra próxima a Unaí, enquanto realizavam vistorias de rotina em propriedades rurais para investigar denúncias de trabalho escravo.