Está em liberdade, desde a última terça-feira (25 de março), a médica Claudia Soares Alves, de 43 anos, que, em julho do ano passado, invadiu o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU, e sequestrou uma bebê recém-nascida. A informação foi confirmada por uma pessoa ligada ao processo judicial, que tramita em segredo no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
Segundo a fonte ouvida pela reportagem, a soltura aconteceu após a obtenção do benefício de liberdade provisória. Com isso, apesar de estar livre, a mulher ainda passará por todo o andamento processual pelos crimes cometidos na cidade mineira. A mulher estava detida na Unidade Prisional Feminina de Orizona, no interior do Estado.
Claudia foi presa no dia 24 de julho de 2024, após os policiais encontrarem a bebezinha com uma funcionária dela, na casa da médica, na cidade goiana de Itumbiara. O município fica a cerca de 130 km do local do sequestro.
O sequestro aconteceu no fim da noite do dia anterior. Na ocasião, a criminosa, portando crachá e vestida como profissional de saúde, entrou no hospital e saiu com a criança dentro de uma mochila.
O crime foi cometido entre 23h23, quando a sequestradora chegou ao local, e 23h54. Nesse curto período, ela se apresentou na portaria como funcionária do hospital, foi à ala da maternidade e, fingindo ser médica, pegou a recém-nascida dos pais alegando que levaria a bebê para se alimentar.
A médica foi indiciada pela Polícia Civil de Goiás pelos crimes de falsidade ideológica e tráfico de pessoas. As penas, somadas, podem chegar a mais de 10 anos de reclusão. Segundo a instituição policial, ela teria premeditado o sequestro do bebê e tinha preferência por uma menina.
No momento da prisão, os policiais encontraram no carro da médica um enxoval completo de menina, o que indicaria para a premeditação do crime. Ela alegou que as peças de roupas novas seriam um presente para sua empregada doméstica, que está grávida, entretanto, a funcionária espera um menino.
Conforme o CRM-GO, o registro de Claudia Soares Alves continua regular.
Fonte: O Tempo