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Ministério Público de MG quer punição rápida aos envolvidos em briga entre Máfia Azul e Mancha Verde

28 de outubro de 2024 às 15:09

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cobrou uma punição rápida para as pessoas envolvidas no confronto entre as torcidas organizadas Máfia Azul e Mancha Verde, na rodovia Fernão Dias, em São Paulo. Um homem, de 30 anos, integrante da organizada do clube mineiro, morreu e outras dezessete pessoas ficaram feridas. O caso ocorreu durante a madrugada deste domingo (27 de outubro). Até o fim da manhã dessa segunda-feira (28), nenhum dos envolvidos havia sido identificado e preso.

O procurador geral de justiça de Minas Gerais Jarbas Soares Júnior afirmou que vai atuar junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar “o crime e promover as ações penais na Justiça”. Um processo investigativo foi iniciado neste domingo (27) pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. O caso é acompanhado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão que pertence ao MPSP.

O caso

Integrantes da torcida organizada do Palmeiras Mancha Alviverde – antiga Mancha Verde – armou uma emboscada contra um ônibus da Máfia Azul, do Cruzeiro. O confronto deixou uma pessoa morta e outras 17 feridas na madrugada deste domingo (27 de outubro).

O atentado aconteceu por volta das 5h na altura do km 65 da BR-381, rodovia que é conhecida como Fernão Dias. Os cruzeirenses seguiam em direção a Belo Horizonte na volta do Paraná, após a derrota do Cruzeiro por 3 a 0, para o Athletico, quando os coletivos foram interceptados.

Indícios colhidos no local do atentado apontam que ele pode ter sido planejado com antecedência pelos membros da Mancha Alviverde. Na rodovia, os policiais encontraram os chamados “miguelitos”, dispositivos feitos com pregos entrelaçados que são usados para furar pneus de veículos.

Além dos dispositivos feitos de pregos, normalmente utilizados por criminosos da modalidade conhecida como “Novo Cangaço”, com o objetivo de atrasar a ação da polícia, no local da confusão também foram apreendidas bombas caseiras utilizadas pelos palmeirenses no confronto.

O torcedor do Cruzeiro que teria sido carbonizado no ônibus foi identificado como José Victor Miranda, de 30 anos, é da cidade de Sete Lagoas.

Segundo as autoridades paulistas, todas as vítimas são torcedores do Cruzeiro, sendo que 15 delas foram levadas ao Pronto-Socorro Anjo Gabriel, em Mairiporã, e outras três encaminhadas ao Hospital de Franco da Rocha. Sete dos 17 feridos sofreram traumatismo craniano e um deles sofreu uma lesão por arma de fogo no abdômen, mas não corre risco de morrer.