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Operação Defensio Vitae mira quadrilha que executava traficantes rivais
4 de julho de 2025 às 14:44
Uma operação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e as Polícias Civil e Militar cumpriu 36 mandados judiciais, sendo 20 de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva, responsáveis por executar traficantes rivais, homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa, posse e porte ilegal de arma de fogo, em Prata, no Triângulo Mineiro, na manhã desta quinta-feira (3/7).
Durante a operação “Defensio Vitae”, de desarticulação da organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), duas pessoas foram presas em flagrante por posse e porte ilegal de armas, que também foram apreendidas. Todos os detidos serão encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o grupo ligado ao PCC eliminava traficantes rivais e pessoas consideradas “inconvenientes” para manter o domínio da organização. Além dos homicídios, os criminosos que integram o grupo são investigados por tentativa de homicídios, tráfico de drogas e armas.
As investigações também apontaram que o grupo tinha divisão de funções desde responsáveis por depósito de armamento, aquisição de munições, executores, mandantes, dentre outros. Além de um esquema estruturado para a distribuição de entorpecentes.
Para o MPMG, a operação teve como objetivo combater os crimes de homicídio, tráfico de drogas/armas e desarticulação da organização criminosa, um passo importante no combate à criminalidade organizada na região, reforçando o compromisso das forças de segurança com a preservação da ordem pública e a segurança da população da sociedade.
A operação contou com a participação do Gaeco de Uberlândia, da Promotoria de Justiça de Prata, da 9ª Região da Polícia Militar e do 9º Departamento de Polícia Civil. Ao todo, estiveram envolvidos três promotores, 70 policiais militares, 16 policiais civis e servidores e colaboradores do Ministério Público.
As investigações da Gaeco, apontaram que a cidade de Prata foi escolhida estrategicamente pelos criminosos por sua proximidade com Uberlândia e Uberaba, cidades regionais com grandes presídios, atraiu a presença de lideranças do PCC para o Triângulo Mineiro. Proporcionando o intercâmbio entre criminosos faccionados e/ou simpatizantes.
Segundo o MPPMG, a cidade possui rotas com pouca fiscalização, com poucos radares e postos de pedágio para registro fotográficos, o que favorece o transporte de drogas entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
Outro fator explorado pelo grupo era a alta rotatividade de trabalhadores rurais durante o período de safra. A presença de alojamentos coletivos e a pouca fiscalização facilitavam a comercialização local de drogas, tornando o município também um ponto de consumo, segundo o Gaeco.
Ainda segundo o MP, muitos integrantes do grupo criminoso não são naturais de Prata, o que dificulta o controle informal da comunidade e favorece comportamentos violentos, por conta do distanciamento familiar e da falta de vínculos afetivos.
