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Operação Terra Fértil desarticula rede de tráfico internacional de drogas em Uberlândia e outros seis estados da federação

2 de julho de 2024 às 15:36

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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (2) a Operação Terra Fértil, com o objetivo de desarticular e descapitalizar uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas.

A operação foi iniciada em Uberlândia, após a polícia descobrir que um integrante da quadrilha comprou uma mansão de R$ 2,5 milhões e por promover festas com carros de luxo. Em Uberlândia foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão

Segundo a PF, a ação reuniu cerca de 280 policiais federais, que cumprem no total nove mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte. Além de Uberlândia, as ordens são cumpridas em outras cidades de Minas Gerais e outros seis estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Goiás.

Investigações revelam esquema complexo

As investigações revelaram uma complexa rede montada pelo grupo criminoso, composta por um narcotraficante internacional e diversas pessoas físicas e jurídicas a ele associadas. Essa rede atuava na ocultação e dissimulação do patrimônio proveniente de diversos crimes, incluindo o tráfico internacional de drogas. O narcotraficante, já investigado anteriormente pela PF, é suspeito de enviar cocaína para países da América do Sul e Central, com destaque para cartéis mexicanos.

Para lavar o dinheiro do tráfico, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada. Essas empresas, sem funcionários registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), eram utilizadas para adquirir imóveis e veículos de luxo para terceiros, além de movimentar grandes quantias de dinheiro incompatíveis com o seu capital social.

Sócios fictícios e transações suspeitas

Os sócios das empresas de fachada geralmente não possuíam vínculos empregatícios há anos, e alguns até mesmo recebiam auxílio emergencial. Além disso, a PF identificou transações entre as empresas do grupo e empresas de criptomoedas e de atividades sem relação com o ramo de negócio, o que indica a utilização desses investimentos para mascarar a origem ilícita dos recursos.

Prejuízo bilionário

Estimativas indicam que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 5 bilhões de reais em um período de cinco anos, evidenciando a magnitude do esquema e o impacto negativo na sociedade.