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PF desmonta fraude bilionária envolvendo empresas de fachada em Uberlândia

14 de novembro de 2025 às 15:01

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A Polícia Federal divulgou o balanço das apreensões realizadas durante a Operação Simulatio, deflagrada na manhã desta sexta-feira (14). A ação resultou na apreensão de diversos itens que evidenciam a estrutura financeira e logística do grupo investigado.

Entre os materiais recolhidos estão R$ 19.100 em espécie, 15 celulares, dois computadores, 13 veículos, 21 documentos falsos, duas armas de fogo, sendo uma pistola calibre 9×19 mm e uma espingarda calibre 12, além de 20 cartões bancários. Além disso, uma pessoa foi presa em flagrante por uso de documento falso e posse irregular de arma de fogo.

A operação ocorreu após meses de investigação e mobilizou equipes em três municípios diferentes. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão: nove em Uberlândia, um em Jataí e um em Rio Verde – ambas no interior de Goiás.

A Justiça também determinou o bloqueio das contas das empresas investigadas, a apreensão de 70 veículos, sendo muitos de luxo, e o sequestro de sete imóveis de alto padrão, todos em Uberlândia. As medidas buscam impedir que o grupo continue movimentando grandes quantias enquanto o inquérito avança.

Segundo a PF, as investigações apontam que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 252 milhões em cinco anos, sempre por meio de valores considerados suspeitos.

Para mascarar a origem ilícita do dinheiro, o grupo criava empresas de fachada em vários ramos, como comércio de alimentos para animais, cereais, carnes nobres, petshops, transporte de grãos e até bares. Essas empresas eram registradas com identidades falsas, elaboradas pelos próprios integrantes para dar aparência de legalidade às operações.

O líder do esquema, que possui duas passagens por tráfico de drogas, estava foragido, mas foi preso na quarta-feira (12/11). Ele foi detido após apresentar documentos falsos a agentes da Polícia Rodoviária Federal durante uma abordagem na BR-050, em Uberlândia.

Os investigados poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso, de acordo com a PF.  Os quatro líderes criavam e utilizavam identidades falsas, o que permitia dissimular negócios, ocultar patrimônio e dificultar o rastreamento financeiro por parte dos órgãos de investigação.