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Polícia Civil de Patos de Minas deflagra Operação “Infravermelho” envolvendo fraudes em CNHs
24 de outubro de 2024 às 17:14
A Polícia Civil de Patos de Minas deflagrou nessa quinta-feira (24), a Operação “Infravermelho” para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes envolvendo a emissão de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs).
Os criminosos ofereciam uma “facilitação” para obtenção de documento, utilizando indevidamente o nome da Polícia Civil, e consequentemente do DETRAN/MG, para ganhar a confiança das vítimas – a maioria delas composta por pessoas humildes e idosas de Patos de Minas e região.
O grupo, liderado por um ex-proprietário de autoescola, se passava por servidores públicos. Eles prometiam a emissão das CNHs sem que os clientes precisassem passar pelos procedimentos legais exigidos pelo DETRAN, como exames teóricos e práticos.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em cinco alvos – dois deles possuíam mandado de prisão preventiva. A ação contou com a participação de 17 policiais civis.
As investigações apontam que o grupo vinha participando há mais de dois anos, captando vítimas com promessas de entrega rápida e ilegais de CNHs. Foram identificadas 30 vítimas até o momento, mas a polícia acredita que mais pessoas tenham sido lesadas.
A negociação para a obtenção das carteiras girava em torno de R$6.500,00 – metade desse valor deveria ser paga à vista e o restante na entrega do documento. Mas após a negociação, os clientes eram enganados com desculpas variadas e nunca recebiam a CNH.
A Polícia Civil calcula que os criminosos lucraram cerca de 100 mil reais, levando em conta o número de vítimas identificadas até esse momento da investigação.
O nome Operação Infravermelho foi escolhido para simbolizar a forma minuciosa e criteriosa com que as investigações foram conduzidas. Assim como a tecnologia infravermelha permite uma visão além do que é visível a olho nu, a operação policial foi além das aparências, investigando detalhadamente cada etapa do esquema de obtenção da CNH para verificar se havia intenções de corrupção no processo.
Até o momento, segundo o delegado Érico Rodovalho, os envolvidos serão responsabilizados por crimes de estelionato qualificado, por ser um crime contra a administração pública, contra idosos e por ser um crime continuado, com várias vítimas e associação criminosa.
Com informações: Clube Notícia