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Polícia Militar de Patos de Minas prende suspeito de abuso sexual infantil

31 de outubro de 2024 às 14:33

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Uma operação para combater crimes de abuso sexual infantil prendeu 36 suspeitos na manhã desta quinta-feira (31).

O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), e a Polícia Militar de Minas Gerais participaram, da ação, denominada Operação “Lobo Mau”.

O objetivo é desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material).

Foram cumpridos 92 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal; Minas Gerais é o Estado com o 2º maior número de investigados e mandados. Um dos alvos foi preso em Patos de Minas pela Polícia Militar – a identidade dele não foi revelada.

A força tarefa contou com o apoio da Agência de Investigação Interna e da Embaixada dos Estados Unidos, com foco no combate à exploração sexual infantil na internet. Com o avanço das investigações foi possível descobrir a existência de um número muito expressivo de criminosos.

Segundo o Ministério Público, os criminosos criavam perfis falsos, se passando por crianças e adolescentes e entravam em contato com outras crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez, e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribuí-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.

Operação Lobo Mau

O nome da operação “Lobo Mau” refere-se justamente ao criminoso que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem, informou o Ministério Público.

Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo estão sendo apreendidos para análise forense e as autoridades esperam que a ação contribua para a identificação de outros envolvidos na rede, além de reforçar a necessidade de atuação conjunta, e contínua, no combate a esse tipo de crime.