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Policial é vítima de racismo ao prender homem por perturbação do sossego em Paracatu

24 de julho de 2024 às 11:47

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Um sargento da Polícia Militar foi vítima de racismo ao prender um homem por perturbação do sossego em Paracatu, no último domingo (21) – o caso foi divulgado hoje. Conforme a corporação, durante o trajeto até a delegacia, o detido disse ao militar que “o preto tem a necessidade de aparecer”.

A equipe do sargento foi acionada via 190 para atender a uma denúncia de perturbação do sossego na Praça Júlia Camargo, no Bairro Paracatuzinho. Ao chegar ao local, os policiais encontraram um veículo com som alto e solicitaram ao motorista, um homem de 27 anos, que reduzisse o volume.

O homem, no entanto, se recusou a atender à ordem, alegando que seu veículo estava em conformidade com a lei. Diante da negativa, o motorista foi detido por perturbação do sossego. Segundo a PM, Durante a abordagem, o homem resistiu à prisão, tentando impedir a ação dos policiais com empurrões, socos e chutes.

Ainda conforme a corporação, os policiais precisaram utilizar técnicas de contenção para imobilizá-lo. Familiares e amigos do motorista também tentaram interferir na ação, causando um tumulto no local.

Enquanto era levado para a delegacia, o suspeito teria proferido insultos racistas contra um dos policiais, dizendo que o sargento estava agindo daquela maneira porque era negro e que, apesar dele mesmo ser negro, não gostava de pessoas negras. “O preto tem a necessidade de aparecer”, teria dito.

O homem foi levado para a delegacia da Polícia Civil, enquanto o veículo foi removido para um pátio credenciado pelo Detran.

Injúria e racismo

De forma geral, o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, enquanto a injúria é cometida contra um indivíduo. Desde janeiro de 2023, a legislação brasileira equiparou a pena de injúria à de racismo. Com essa lei, a pena para o crime de injúria aumentou de 1 a 3 anos para 2 a 5 anos de reclusão.

Com informações: O Tempo