O dia 13 de junho é dedicado a Santo Antônio, um dos santos mais populares do catolicismo, especialmente no Brasil. A data marca o falecimento do religioso, ocorrido em 13 de junho de 1231, em Pádua, na Itália, quando ele tinha apenas 36 anos.

Nascido em Lisboa, Portugal, em 1195, seu nome de batismo era Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Ainda jovem, aos 15 anos, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Mais tarde, foi ordenado sacerdote em Coimbra, com 25 anos.

A vida de Fernando tomou um novo rumo quando conheceu a história de missionários franciscanos mortos no Marrocos. Inspirado pelo exemplo desses mártires, decidiu se juntar à Ordem dos Frades Menores, adotando o nome de Antônio. Seu desejo inicial era seguir missão na África, mas acabou sendo enviado para a Itália, onde ganhou fama por suas pregações marcantes, simplicidade de vida e profundo conhecimento teológico.

Antônio faleceu em Pádua, cidade onde seu túmulo se tornou um importante destino de peregrinação. Apenas 11 meses após sua morte, foi canonizado pelo papa Gregório IX, tamanha a comoção popular e o número de milagres atribuídos a ele — são 53 relatos oficiais.

Curiosamente, a fama de “santo casamenteiro”, tão presente nas tradições brasileiras, surgiu posteriormente, não estando relacionada diretamente com os primeiros milagres atribuídos a ele. Mesmo assim, essa imagem permanece viva, especialmente por aqui, onde o Dia dos Namorados (12 de junho) é imediatamente seguido por sua festa.

No Brasil, Santo Antônio é amplamente venerado. São dezenas de catedrais e dioceses dedicadas a ele, além de 13 cidades que o têm como padroeiro. No dia 13 de junho, muitas comunidades celebram com as famosas trezenas — orações feitas nos 13 dias que antecedem a data — e com a distribuição do tradicional “pãozinho de Santo Antônio”, símbolo de fé e devoção.