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Teste do Pezinho em Minas Gerais vai rastrear até 60 doenças raras
30 de abril de 2025 às 15:50
Minas Gerais concluiu a ampliação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), mais conhecido como teste do pezinho, e é o primeiro estado do Brasil a detectar 60 doenças raras com o exame. Além da ampliação do diagnóstico, o estado passa a ter novos centros de atendimento.
O resultado da terceira fase da ampliação, foi divulgado pelo governador Romeu Zema (Novo), o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, e o secretário de Estado de Governo (Segov), Marcelo Aro, em uma coletiva na manhã desta quarta-feira (30/4) na Cidade Administrativa.
O exame retira algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido e, através do rastreio e diagnóstico, pode salvar vidas. A coleta para a triagem neonatal deve ser realizada entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. Até então, aqui no Estado, só se rastreavam 23 doenças.
Para ampliar o teste, o governo mineiro investiu R$ 64 milhões e, através de uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), todos os testes feitos em centros de saúde do Estado serão analisados pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina (Nupad). Caso seja detectada alguma doença rara, a família do paciente receberá as orientações necessárias para tratar a condição, como explica o secretário de Saúde, Fábio Bacchereti.
O exame é fundamental para identificar doenças raras de naturezas metabólicas, genéticas e infecciosas nos primeiros dias de vida dos bebês. O diagnóstico precoce dessas doenças amplia as opções de tratamentos ou terapias possíveis, a fim de amenizar os sintomas e proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes e às famílias.
O exame está disponível em todos os municípios mineiros por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre 1994 e 2024, o Nupad fez a triagem de 7 milhões de recém-nascidos. São cerca de mil testes realizados por dia. Mais de 8 mil bebês com doenças detectadas pelo teste do pezinho seguem em acompanhamento na rede estadual de saúde, segundo o governo de Minas.
