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Pompéu: treinador de handebol acusado de agredir e estuprar menores é denunciado pelo MPMG

9 de abril de 2025 às 15:57

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Um treinador de handebol, de 34 anos, foi alvo de duas denúncias do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após ser acusado de maus-tratos, estupro, importunação e assédio sexual por pelo menos 14 adolescentes que faziam parte da equipe que ele treinava.

O caso aconteceu em Pompéu, cidade da região Centro-Oeste de Minas Gerais e foi divulgado nesta quarta-feira (9 de abril) pela Promotoria de Justiça do município de 32 mil habitantes, porém, os casos foram registrados entre 2017 e 2021.

Em uma das denúncias formalizadas na Justiça, os promotores afirmam que o suspeito cometeu abusos sexuais e ainda agrediu física e psicologicamente nove adolescentes com idades entre 13 e 17 anos. Algumas das vítimas, inclusive, chegaram a ser agredidas com tapas no rosto durante competições, principalmente quando a equipe perdia as partidas. “O denunciado exigia que as vítimas realizassem suas vontades, dentro e fora das quadras, sob pena de excluí-las dos grupos dos atletas e das promessas esportivas, criando um ambiente hostil entre os adolescentes”, diz um trecho da denúncia.

Conforme o MPMG, a investigação apontou que o treinador tinha “comportamento manipulador” e exercia “controle emocional” contra as vítimas. Com isso, os jovens que não se rendiam às “pressões” do treinador, acabavam sofrendo punições ou eram ridicularizados na presença dos outros atletas, conforme a promotora Lohana Cavalcanti Costa.

“O denunciado exercia controle emocional sobre os adolescentes e, aproveitando-se da pretensão profissional deles, exigia que realizassem suas vontades, dentro e fora das quadras, com ameaças de tirá-los do time e de acabar com suas carreiras”, afirmou a promotora de Justiça.

Suspeito recrutava jovens em todo o Brasil

Ainda conforme o órgão de Justiça, a promotoria afirma que o suspeito, que é fundador de uma associação esportiva de Pompéu, “recrutava adolescentes de Minas e do Brasil”, prometendo alojamento e alimentação na cidade mineira. Porém, quando os jovens atletas chegavam, tinha acesso a locais e alimentos inadequados, além de serem submetidos a vários tipos de abusos, agressões físicas, chantagens, xingamentos e estupros.

Pelo menos 14 adolescentes teriam sido vítimas destes crimes. Para convencer os adolescentes a praticar sexo, ainda segundo o MPMG, o homem prometia dinheiro, celulares e indicação em times estrangeiros. “Apurou-se também que o denunciado constrangia os atletas com promessas de ascensão profissional para obter favores sexuais”, traz um trecho da denúncia. 

Com informações: O Tempo